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Tipos de escoliose: conheça os principais e como tratá-los

A escoliose, mais especificamente a Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA) é um dos problemas de coluna mais recorrentes que existe. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 4% da população mundial sofre com a doença. O problema ainda é pouco conhecido, mas ocorre principalmente em adolescentes femininas. Existem alguns tipos de escoliose que e o paciente pode ser afetado em qualquer idade.

Cerca de 6 milhões de brasileiros sofrem de escoliose, causada por um desvio progressivo na coluna. Quer saber mais detalhes sobre o que é, quais os sintomas e quais os tipos de escoliose existentes? Então confira o artigo a seguir!

O que é escoliose?

A escoliose, também conhecida como coluna torta, é uma deformidade tridimensional da coluna vertebral, que pode ou não ser acompanhada da rotação das vértebras.

A deformidade só é percebida quando a pessoa é vista de costas. O movimento das vértebras confere a aparência de um C ou de um S, e essas curvaturas ocorrem na região do pescoço (lordose cervical), do tórax (cifose torácica), da cintura (lordose lombar) e da pelve (cifose sacrococcígea).

Em muitos casos, a suspeita da escoliose ocorre devido à diferença no contorno das costelas quando a pessoa é vista de frente. Além disso, o desvio pode desenvolver alguns sinais como, por exemplo, uma perna mais curta que a outra, dor muscular e sensação de fadiga nas costas.

Há diversos fatores que podem causar os diversos tipos de escoliose, entre eles a má-formação vertebral, infecção da coluna vertebral, problemas neurológicos, falta de atividade física, má postura, ficar muito tempo na mesma posição com a coluna torta, entre outras causas que ainda não foram esclarecidas. Apesar de ser frequentemente diagnosticada na infância ou adolescência, ela pode afetar a todas as idades, inclusive os idosos.

Alguns casos mais leves passam despercebidos e não afetam em nada a vida do indivíduo. Por outro lado, os casos mais graves podem causar muita dor e até limitar a atividade normal. Seu desenvolvimento pode ser lento e gradual, no entanto, sem o diagnóstico e tratamento adequado, o quadro patológico pode piorar e trazer alterações estéticas e funcionais da estrutura óssea. Ademais, pode afetar muitos outros órgãos internos e causar dores bem mais intensas.

Tipos de escoliose

Existem vários tipos de escoliose, que variam de acordo com a gravidade e a posição da vértebra desalinhada. Conheça quais são:

1. Escoliose Congênita

Congênita é o tipo de escoliose mais comum que causa deformidade da coluna, cerca de 10% dos casos. Ela ocorre devido a uma má-formação das cartilagens de crescimento das vértebras ou pela fusão das costelas, que aparece já no período embrionário do indivíduo. O problema pode aparecer em diferentes fases da infância e costuma acometer muito mais as meninas.

Os principais sinais da doença são:

  • Um ombro mais elevado que o outro;
  • Rotação do pescoço, com ou sem inclinação da cabeça;
  • Desbalanço dos quadris;
  • Proeminência das costelas de um lado;
  • Cintura irregular.

O tratamento para este tipo de escoliose vai depender da gravidade da curva, do tipo de anormalidade vertebral e outros fatores. A maioria dos casos requer cirurgia para prevenir agravamento da deformidade.

Entretanto, existem outras opções, como exercícios, alongamentos, fisioterapia ou órteses — as quais podem auxiliar no tratamento.

2. Escoliose Neuromuscular

A escoliose neuromuscular é uma doença causada por distúrbios no cérebro, no músculo ou na medula. É o caso, por exemplo, da poliomielite e da paralisia cerebral. Este tipo de escoliose ocorre na presença de outros distúrbios que podem enfraquecer os músculos, dificultando o funcionamento adequado dos músculos das costas. Neste caso, a curvatura costuma ser longa e grave, formando um C.

Um dos principais sintomas é a progressão da deformidade, que piora até mesmo quando o crescimento esquelético termina. Geralmente, as deformidades tendem a se estabilizar neste período — o que não é o caso deste tipo de escoliose.

Por sua vez, o tratamento é bastante complexo e individualizado, já que a doença se relaciona com alterações de vários outros órgãos.

3. Escoliose Idiopática

A escoliose idiopática é a forma mais comum, pois pode ser diagnosticada em 80% dos casos de escoliose e pelo menos 4% das crianças entre 10 e 18 anos de idade. O nome idiopático se dá por não se saber qual o principal fator desencadeante da doença que ocorre no início da puberdade e atinge muito mais meninas que meninos. Os sintomas envolvem:

  • Alterações na aparência corporal;
  • Ombros em altura diferentes um do outro;
  • Espaço aumentado entre o tronco ou braços;
  • Elevação de um dos lados da caixa torácica;
  • Bacia inclinada;
  • Cabeça não centrada com a bacia.

O tratamento para este tipo de escoliose começa com o uso de um colete rígido, ou seja, uma ortótese que controla a posição do tórax e região lombar. O objetivo é corrigir a deformidade da coluna, modelando o crescimento de forma que não se agrave ainda mais. Para curvaturas de magnitude superior a 45°, a cirurgia é a mais indicada, pois a ortótese não consegue controlar e corrigir a curva.

4. Escoliose Pós-traumática

A escoliose pós-traumática geralmente ocorre associada a doenças do tecido conjuntivo ou anomalias cromossômicas. Quedas, fraturas e acidentes podem gerar a lesão na coluna, prejudicando a qualidade de vida do paciente devido às dores e limitações de movimento.

Os sintomas envolvem:

  • Ombro mais alto que o outro;
  • Pélvis aparentemente mais inclinada;
  • Assimetria entre os dois lados da coluna;
  • Dor muscular.

O diagnóstico é feito com base no exame clínico de um médico especialista, que analisa o paciente de frente, de costas e de perfil. Exames de imagem como raio-x, tomografia ou ressonância magnética também são utilizadas para detectar este tipo de escoliose.

A fisioterapia é uma das indicações de tratamento, com alguns exercícios como RPG (Reeducação Postural Global) ou pilates.

5. Degenerativa do adulto

Este tipo de escoliose é caracterizado pela degeneração de discos da coluna vertebral e das articulações, causada pelo avanço da idade. A escoliose degenerativa geralmente afeta pessoas com mais idade na região lombar. Outras influências como osteoporose, degeneração do disco e fraturas por compressão vertebral também estão inclusos.

O diagnóstico e a avaliação da escoliose degenerativa são feitos por exames de imagem (RX, ressonância magnética e/ou tomografia computadorizada). O tratamento geralmente é não cirúrgico, deixando esta opção para casos específicos.

A importância do tratamento

Não importa qual o tipo de escoliose, o problema precisa ser identificado precocemente para que seja possível uma reversão.

Em muitos casos, como já citamos, o tratamento pode ser feito apenas com um colete para correção. Em casos mais graves, a cirurgia é o mais indicado. Por isso a importância de um diagnóstico precoce.

É fundamental que, ao surgir qualquer sintoma aparente, um profissional seja procurado, pois com o tratamento correto, com bastante disciplina, é possível em boa porcentagem dos casos, impedir a progressão do caso e, assim, evitar futuros transtornos na saúde.

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