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o que é e como tratar cifose

Entenda o que é e como tratar cifose

A cifose refere-se a uma leve curva para a frente (plano sagital) da coluna, que é natural e observada em todos. Quando demasiadamente acentuada, caracteriza uma patologia: a hipercifose.

A hipercifose é um tipo de desvio de coluna patológico caracterizado pelo aumento do ângulo da curvatura fisiológica na região torácica da coluna vertebral.

Para saber como tratar hipercifose, vamos explicar o que é a doença, seus sintomas e tudo o que você precisa saber sobre o assunto. Confira no artigo!

Entendendo cifose e a hipercifose

Popularmente chamada de corcunda, a hipercifose ocorre na região do tórax e deixa a parte superior das costas mais arredondada que o normal.

O problema também faz com que o pescoço, cabeça e ombros fiquem inclinados para frente, facilitando o aparecimento das deformidades compensatórias na proximidade. Em síntese, a coluna vertebral possui quatro curvaturas fisiológicas, cada uma com sua função, sendo: lordose cervical, cifose torácica, lordose lombar e cifose sacral.

Cada uma dessas curvaturas tem sua função natural e valores angulares próprios de referência. A cifose normal, dita “fisiológica”, pode ter inclinação de 20-40 graus. No entanto, quando a curvatura é fechada demais (maior do que 40 graus), chamamos a curva de hipercifótica.

Diversos problemas no paciente podem justificar a hipercifose, sendo o mais comum o dorso curvo postural, mas ainda com outros diagnósticos a serem excluídos, dentre eles: doenças reumatológicas da coluna (como artrite reumatoide e espondilite ancilosante) e dorso curvo juvenil (Doença de Sheuermann).

A patologia é muito comum em mulheres, principalmente no período pós menopausa, quando ocorrem as alterações ósseas. No entanto, a cifose pode se manifestar em qualquer pessoa de qualquer idade.

Principais sintomas da hipercifose

Cada paciente pode ter sintomas diferentes para a hipercifose e o diagnóstico geralmente é feito de forma tardia.

No entanto, antes de saber como tratar a hipercifose, é fundamental saber que a primeira queixa dos pacientes é de caráter estético; porém, além da curvatura da coluna, à medida que a doença se agrava, alguns outros sinais começam a aparecer, caracterizando o distúrbio, como:

  • Encurtamento da musculatura dos peitorais e da parte posterior das pernas;
  • Parte superior das costas mais alta que o normal (tronco inclinado para frente).
  • Dor nas costas, na parte superior da coluna;
  • Cabeça inclinada para frente;
  • Diferença na altura dos ombros;
  • Dificuldade em manter o corpo ereto;
  • Dificuldade para respirar;
  • Fraqueza ou formigamento nos braços e pernas;

Principais causas

Existem variadas causas da doença, no entanto, a maior parte dos desvios patológicos da coluna vertebral é idiopática, ou seja, de origem desconhecida.

Porém, em algumas situações, é possível determinar o fator de risco para os desvios anormais. A seguir, apresentamos alguns deles:

1. Hipercifose postural

A má postura é, de longe, a principal causa de aumento da cifose torácica. Com o advento do home office e posturas inadequadas ao sentar, ocorre um encurtamento da musculatura peitoral e posterior da coxa, com enfraquecimento dos músculos das costas.

O resultado desse processo é o desabamento do tronco pra frente e consequente aumento da cifose torácica. Nestes casos, dizemos que há uma hipercifose postural, em que ocorrem curvas mais flexíveis e corrigíveis na coluna.

2. Cifose congênita

A cifose congênita é o tipo de hipercifose que ocorre já durante o nascimento. Muitas vezes, a causa é devido a uma má formação na coluna durante a gestação do bebê e o problema aparece conforme a criança vai crescendo. É dividia entre falhas de segmentação (barras ósseas) ou de falhas de formação (hemivértebras).

Neste caso, os ossos não são formados de maneira correta ou as vértebras se encontram fundidas e é necessário consultar um médico para saber como tratar.

3. Cifose pós-traumática

A cifose pós-traumática ocorre após fraturas ou luxações da coluna, podendo acometer qualquer segmento da coluna vertebral. Costuma ocorrer após traumas de alta energias, como acidentes automobilísticos ou quedas de grandes alturas.

Dependendo da gravidade do quadro, pode ocorrer lesão neurológica, como paraplegia ou tetraplegia. Pode ocorrer ainda de forma espontânea, sem um trauma de alta energia, em pacientes idosos e com ossos fragilizados pela osteoporose, ou ainda em pacientes portadores de metástases vertebrais secundárias a tumores.

O problema pode aparecer devido a uma falha no tratamento inicial de uma lesão, ou até mesmo da falta de diagnóstico; por isso, é importante procurar um médico para saber como tratar hipercifose o quanto antes.

4. Cifose degenerativa

A cifose degenerativa ocorre quando o disco intervertebral envelhece e diminui de tamanho ao mesmo tempo em que articulações da coluna, chamadas de facetas, aumentam de tamanho, fazendo com que as vértebras se inclinem para frente, levando ao aumento da cifose normal.

Como ocorre um alongamento anormal da musculatura da região posterior da coluna, tais grupos musculares entram em fadiga muito facilmente, sendo muito comum que tais pacientes sofram de dores crônicas nas costas aos mínimos esforços.

5. Doença de Scheuermann

Holger Scheuermann descreveu, em 1921, uma alteração vertebral juvenil cifótica que poderia ser distinguida da cifose postural baseada na rigidez peculiar.

Observou que a deformidade cifótica era rígida e associada ao acunhamento de corpos vertebrais. Foram estabelecidos critérios diagnósticos, em 1964, por Sorensen, que sugeriu como definição uma cifose rígida que incluísse três vértebras contíguas com acunhamento de cinco ou mais graus.

O problema ocorre quando as vértebras são afetadas por uma postura ligeiramente curvada para a frente e costuma se manifestar, em meninos, na adolescência.

Presume-se que ela ocorre de forma genética, ou seja, é passada de pai para filho.

Como tratar cifose

Para saber como tratar cifose, antes precisamos fazer o diagnóstico com um médico especialista. A identificação da doença é feita por consulta médica, na qual se avalia o histórico de doenças prévias e padrão específico de queixa do paciente.

No exame clínico, o profissional observa o paciente de frente, de costas e de lado, analisando a anatomia vertebral e as radiografias panorâmicas e dinâmicas de coluna vertebral, que permitem a medida de ângulo da cifose torácica identificada com mais de 50 graus de curvatura. Dependendo de cada caso, outros exames podem ser necessários.

Como já falamos, alguns desvios da coluna vertebral são assintomáticos e, quando os primeiros sinais aparecem, podem exigir um tratamento mais conservador. No entanto, como tratar cifose vai depender de cada caso, conforme o profissional fizer a recomendação.

Em casos leves de hipercifose torácica, uso de analgésicos, realização de sessões de fisioterapia, exercícios de alongamento, musculação, natação, hidroginástica ou utilização de palmilhas, coletes e colchões mais firmes podem apresentar excelentes resultados.

Existem alguns casos mais graves, que exigirão tratamento cirúrgico, fazendo uma correção da deformidade. Entretanto, esse tipo de tratamento é feito somente em casos especiais. O objetivo é interromper a progressão da deformidade, recuperar as funções da coluna vertebral e aliviar os sintomas.

O médico mais indicado para avaliação e tratamento das deformidades da coluna vertebral é o Ortopedista e Traumatologista membro da Sociedade Brasileira de Coluna, que possui especialização voltada para tais lesões.

Caso, ao se olhar no espelho, você esteja percebendo alguns sinais de curvatura além do normal em sua costas, procure um profissional para te ajudar com o tratamento e interrupção da doença.

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